07 nov 2019

Cusco, A cidade Inca – O que fazer, o que conhecer onde ir

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Cusco – A cidade Inca

Também conhecida como a capital do Império Inca, Cusco é mais do que uma passam para as ruínas arqueológicas daquele império. É uma cidade repleta de história e encanto.

Depois de passar por Lima, contei um pouco aqui, cheguei em Cusco, situada no sudeste do Vale de Huatanay, também chamado de “Vale Sagrado dos Incas”, na região dos Andes, Cusco encontra-se a 3.400 metros acima do nível do mar e é cercada por montanhas e vales. Tem uma população de aproximadamente de 300.000 mil habitantes, a maioria deles indígenas.

Mais do que um ponto de parada para turistas do mundo inteiro que desejam conhecer Machu Pichu, Cusco é uma belíssima cidade, tanto que foi declarada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1983.

Há muita confusão sobre a correta grafia do nome da cidade. A forma certa de escrever o nome da cidade é com “s”. Muitos acreditam que seja com “z” pois os espanhóis a batizaram assim, mas o governo peruano oficializou “Cusco” como sendo a forma correta.

Infelizmente durante o período da invasão espanhola, a cidade foi muito destruída. Foram deixados em pé, apenas os muros com pedras milimetricamente encaixadas umas às outras, para servir como base para novas casas e igrejas, resistentes aos terremotos da região.

A Plaza de Armas é o coração da cidade. Após a conquista os espanhóis, foram construídas igrejas coloniais e casas em cima das fundações arquitetônicas Incas. Esta mistura fascinante de estilos é evidente por toda a cidade e, em quase todas as ruas, há traços históricos da arquitetura Inca. Os vestígios desse império poderoso estão por toda parte, principalmente nas incríveis fundações de pedras encaixadas como quebra-cabeças, sem o uso de argamassa.

A antiga capital do império Inca oferece muitas opções aos mais exigente dos turistas. São conventos, igrejas, museus, o Templo do Sol, a Catedral e as ruínas e em torno de Cusco, de Sacsahuaman, Kenko, Puca Pucara, Tambomachay.

Cusco, é uma cidade sensacional, e a altitude acabou comigo (fica a dica pra quem for), passei muito mal, minha dica para quem vai para Cusco é ficar pelo menos 8 dias, para se acostumar com a altitude e aproveitar a cidade ao máximo. Eu fiquei 4 dias e foi pouco, porque quando eu comecei a me acostumar e fui embora.

Tirando Machu Picchu, fiquei em Cusco em conheci vários lugares sensacionais, Cusco é uma cidade de tirar o folêgo literalmente com certeza ela está no meu roteiro novamente para conhecer com mais calma.

Basílica Catedral de Cusco

É o monumento mais importante e imponente da magnífica arquitetura colonial, sendo depositário de várias formas de arte, que foi construído no Suntur Wasi e Kisqarcancha dos Incas. Foi construída com as grandes pedras extraídas das muralhas de Sacsayhuaman.

A Catedral de Cusco reúne características do estilo gótico, renascentista maneirista e do barroco. Ladeada por duas torres sólidas, suas grandes portas laterais são maneirista e, a central, discretamente barroco.

Museo Inka – Casa del Almirante

É uma das casas mais notável do Cusco colonial. Construído no início do século XVII com pedras incas pelo tenente Francisco Aldrete Maldonado, nomeado o almirante, que viveu lá até sua morte em 1643. Reconstruída por Pedro Peralta de los Rios após o terremoto de 1650 e novamente restaurada pela Universidad Nacional de San Antonio Abad del Cusco após o terremoto de 1950.

Reúne uma vasta coleção de Keros (vasos cerimoniais esculpidos em madeira), têxteis, múmias e ídolos de ouro e prata maciça, bem como armas, ferramentas e cerâmicas Inca. Sua arquitetura mostra o esplendor da arte colonial, como a varanda ao ar livre, cuja principal pilar tem a forma de cariátide.

Ollantaytambo

Se tiver um tempinho sobrando, vale a pena viajar cerca de 90 km a noroeste da cidade de Cusco e conhecer Ollantaytambo. É a única cidade da era inca no Peru ainda habitada.s

Trata-se de um dos complexos arquitetônicos mais monumentais do antigo Império Inca. Também chamado de “Fortaleza”, devido a seus descomunais muros, foi na realidade uma cidade-alojamento, localizado estrategicamente para dominar o Vale Sagrado dos Incas.

O tipo arquitetônico empregado, assim como a qualidade de cada pedra, trabalhada individualmente, fazem de Ollantaytambo uma das obras de arte mais peculiares e surpreendentes que realizaram os antigos peruanos, especialmente o Templo do Sol e seus gigantescos monólitos. Algumas das rochas utilizadas na construção são somente encontradas a alguns quilômetros da cidade, o que revela o domínio de técnicas avançadas de transporte de rochas.

Convento de Santo Domingo

O Convento de Santo Domingo foi construído sobre as bases do famoso “Inti Cancha” (campo do sol) em 1534. A atual igreja e o convento de Santo Domingo foram construídos sobre o Templo do Sol e do Qorikancha respectivamente. O templo católico foi erigido sobre o mesmo templo Inca, para demonstrar a destruição e supressão do culto antigo, hoje vem a ser a abside do templo Dominicano.

A atual igreja tem uma plataforma de construção em forma de cruz grega, a fachada é de características platerescas e a torre da igreja é de característica barroco inclinado a Churrigueresco.

Tanto a igreja como o convento dominicano foram construídos sobre a estrutura do Qorikancha (sítio de ouro), o principal templo Inca (dedicado à adoração ao sol). Nas paredes, foram encontradas revestidas com folhas de ouro.

Qorikancha – O Templo do Sol

Segundo a concepção Inca, Qorikancha ou Koricancha era o centro religioso, geográfico, religioso e político de Cusco. O templo Koricancha, onde rendia homenagem ao maior deus Inca o “Inti” (o sol). “Qori” significa ouro trabalhado e sua forma em espanhol é cori. “Kancha” significa um espaço fechado, delimitado por paredes. Por isso, é que o nome corresponde, aproximadamente, a “lugar fechado que ouro”.

Além do Templo do Sol, é possível visitar o Templo da Lua, O Templo de Vênus e as Estrelas, Templo Illapa ou Chuki Illapa, Templo K’uychi ou Arco-Íris, IntiPampa, As Fontes e o Jardim Solar. Neste, o grande templo incorpora um alinhamento solar, proeminente usando um pico próximo chamado Pachatusan como uma linha de mira para o solstício de Junho. Se puder programar sua viagem para a metade do ano, no dia 24 de junho se celebra no Koricancha o Inti Rayme, festival teatral do festival do sol.

Há também um museu no Qorikancha. São cinco salas que explicam didaticamente a história dos antepassados que viviam naquelas terras. Mostra a evolução cronológica da civilização em Cusco. Exibe fragmentos de cerâmica do período Incaico, assim como mostras de metalurgia, têxteis, pintura, escultura, instrumentos musicais, etc. Ele também apresenta uma maquete do que poderia ter sido o Qoricancha. Também se podem observar réplicas dos objetos encontrados em escavações no local, mostras de cerâmica, peças líticas pré-Incaicas e Incaico.

Museo de Arte Precolombino Cusco

Antigamente era o “Amaru Cata” ou “Casa do saber”, a escola dos Incas, construída há quase dois séculos. Em 1550 os conquistadores espanhóis, trabalham para sobrepor a sua cultura sobre a cultura incaica e a casa transformou-se em um lugar religioso, o Mosteiro de Santa Clara. No século XVII foi adquirida por Luis Jeronimo Cabrera, cujo sobrenome ficou ligado a propriedade até hoje.

Comprado em 1981, a casa monumental foi resgatada e adaptada. Seus 2.000 metros quadrados tornaram-se o Museu de Arte Pré-Colombiana de Cusco. É o primeiro e único museu dedicado a destacar exclusivamente a arte peruana das antigas culturas do Peru.

O museu exibe de forma ordenada e progressiva: uma sala de madeira, uma Nazca, uma Mochica, uma Huari, uma Chimu, uma Inca, uma Colonial, uma do virreinal, e, além disso, têm a sala de ouro e a de prata.

São 403 obras de arte que pertencem a época de 1250 aC a 1532 dC e foram selecionados de um universo de 45.000, objetos pertencentes ao Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera, em Lima. A museológica e iluminação são espetaculares, pois realçam a beleza da pintura, da cerâmica e da escultura nas 11 salas do museu da pré-história do Peru.

Cusco é uma das cidades mais fascinantes do mundo e foi fundada por volta de 1100 dC, porém estudos arqueológicos revelam que a cidade é habitada a pelo menos 3000 anos. A história de sua criação carrega uma lenda muito bonita.

A lenda de Manco Capac e Mama Occlo

O deus-sol, Inti, num belo dia decidiu que os seres da terra mereciam passar por um processo de civilização. Assim, ele enviou seu filho querido, Manco Capac junto com sua irmã e esposa, Mama Ocllo, pedindo que os dois fossem até a Terra para construir um grande império e civilizar estes povos. Antes, eles deveriam encontrar o lugar para construir sua capital. Aceitando a missão, os dois emergiram da espuma do lago Titicaca, o lago mais alto do mundo com 3821 metros acima do nível do mar, na Isla del Sol.

O Sol lhes entregou um cajado feito de ouro e lhes disse: “Manco Capac e Mama Ocllo, filhos meus a partir do Lago Titicaca, dirijam-se até o Norte. Em cada local que descansem para comer e dormir batam suavemente no solo com o cajado de ouro que lhes dei e aonde se afundar por completo edificará um Cuzco, que será a capital do Império”.

A beleza de suas roupas e o brilho das joias e do ouro que os dois carregavam fizeram com que as pessoas daquela região acreditassem que o casal eram deuses, e passaram a segui-los.

O casal procurou o local exato por algum tempo. A ordem dada por Inti era que eles deveriam fixar o império em um lugar de terras férteis. Num certo dia, eles chegaram até os pés do cerro Huanacauri, e ali, no vale do rio Huatanay o cajado enfim foi sugado pela terra. Capac e Ocllo iniciaram então a construção da cidade de Cusco, futura sede do império Inca, que na língua indígena quíchua é Qosqo, que significa “umbigo”. Batizaram com esse nome porque acreditavam que esta região era o “umbigo do mundo”.

Manco Capac e aqueles que o seguiram eles se estabeleceram no vale superior, que agora é foi chamado Hanan Cusco; e Mama Ocllo colocado à deles na parte inferior do vale que foi chamado Hurin Cusco. Manco Capac ensinou os homens a cultivar a terra, plantar milho, fazer canais de irrigação e construir suas casas. Mama Ocllo ensinou as mulheres a fiar e tecer lã e algodão vestidos.